da Folha Online
As Bolsas européias fecharam em forte baixa nesta terça-feira. O setor financeiro puxou os resultados para baixo hoje, com o temor de novas perdas acarretadas pela crise de crédito, além dos indicadores pouco favoráveis divulgados nos EUA.
A Bolsa de Londres fechou em baixa de 2,38%, indo para 5.320,40 pontos; a Bolsa de Paris teve queda de 2,61%, fechando com 4.332,79 pontos; a Bolsa de Frankfurt caiu 2,34%, para 6.282,43 pontos; a Bolsa de Milão caiu 2,11%, para 21.730 pontos; a Bolsa de Amsterdã teve perda de 2,86%, indo para 398,75 pontos; e a Bolsa de Zurique fechou em queda de 1,61%, com 7.115,18 pontos.
No setor financeiro, as ações do Barclays caíram 4,7% e as do Société Générale caíram 3,8%. As perdas se seguiram a uma nota do banco de investimentos JP Morgan Chase, na qual informa que o rival Lehman Brothers Holdings pode ter de fazer uma redução de cerca de US$ 4 bilhões em seus ativos ligados a títulos de crédito.
Ontem, o diário americano "The Wall Street Journal" informou que o banco de investimentos Lehman Brothers deve apresentar um prejuízo de US$ 1,8 bilhão no fim do atual trimestre fiscal, que termina neste mês. A expectativa era de um ligeiro lucro.
Nos EUA, o Departamento do Trabalho informou que os preços no atacado teve alta de 1,2% em julho. O índice ficou abaixo do registrado em junho, 1,8%, mas já é o quarto deste ano a ficar acima de 1%. O núcleo (que exclui preços de alimentos e energia), por sua vez, teve alta de 0,7%, maior avanço registrado neste ano. Além disso, o Departamento do Comércio informou que a construção de imóveis residenciais nos EUA caiu 11% em julho, para uma taxa anualizada de 965 mil unidades, contra 1,084 milhão em julho. O nível do mês passado foi o menor desde 1991.
As ações da fabricante de blocos Wienerberger caíram 5,3% depois que a empresa informou ter registrado uma queda de 39% no segundo trimestre. As vendas da empresa caíram 4% no período e ficaram abaixo do previsto pelos investidores. Ainda no setor de construção, a Cie. de Saint-Gobain --principal empresa européia de materiais de construção-- teve uma queda de 5% em seus papéis. As ações da fabricante de cimento francesa Lafarge também caíram (-3%); ontem, o governo da Venezuela acertou a compra de 89% das ações da Lafarge, por US$ 552 milhões.
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